O Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo participou, nos dias 5 e 6 de agosto, do Evento Anual do Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHG), promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo. O encontro marcou o encerramento do ciclo 2025 do programa e reuniu mais de 600 organizações públicas e privadas engajadas na mensuração e gestão de suas emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Representando o TJMSP, esteve presente o servidor Renato de Oliveira Mota, chefe da Seção Socioambiental e de Acessibilidade. A Corte castrense figura entre as instituições que integram o Registro Público de Emissões, ao lado de organizações como Nestlé, Braskem, Natura, Gerdau, Unilever, Petrobras, Sabesp, Latam e Itaú, além de universidades, fundações e órgãos do setor público.
A programação foi organizada por áreas de atuação. No dia 5, os painéis abordaram setores como comércio, serviços públicos, transporte, saúde, saneamento, educação e finanças. No dia 6, os debates se concentraram em indústria, energia e agropecuária. As apresentações destacaram desafios e soluções em temas como governança climática, descarbonização em cadeias produtivas, uso de critérios ESG e aprimoramento de relatórios de sustentabilidade.
Na oportunidade, foi destacada a importância da elaboração de inventários de emissões como ferramenta de gestão pública e privada. Medir e reportar os dados de forma estruturada permite mapear fontes de impacto climático, estabelecer metas e orientar ações de mitigação. Atualmente, o Registro Público de Emissões, mantido pela FGV, reúne mais de 1.700 inventários e já acumula mais de 1 bilhão de toneladas de CO₂ equivalente reportadas, consolidando-se como o maior repositório do tipo na América Latina.
Esse crescimento reflete o avanço de uma cultura organizacional voltada à descarbonização e à incorporação da variável climática na gestão institucional. Publicar o inventário é apenas o primeiro passo: ele deve servir de base para decisões que promovam a redução contínua de emissões, o uso eficiente de recursos e a responsabilidade ambiental em todas as esferas da organização.
A participação no evento e a publicação do inventário refletem a prioridade dada pela atual gestão à agenda ambiental e à transparência de dados. O TJMSP vem adotando medidas estruturadas para reduzir seu impacto climático, alinhando-se às diretrizes do Conselho Nacional de Justiça e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Como resultado desse trabalho, o TJMSP recebeu o Selo Prata do Programa GHG Protocol, concedido pela FGV a organizações que publicam inventários completos dos escopos 1 e 2, segundo metodologia reconhecida internacionalmente. A certificação reconhece a qualidade técnica do 1º Inventário de Emissões de GEE, publicado neste ano sob a coordenação do desembargador militar Ricardo Juhás Sanches, como parte do Plano de Descarbonização da Corte Castrense.
Por: Imprensa TJMSP