segunda-feira, 28 de novembro de 2022
O Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo (TJMSP) participa da campanha anual de prevenção ao câncer de pele – o Dezembro Laranja, realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). De 1º a 15 de dezembro, o prédio do TJMSP estará iluminado na cor laranja, em alusão à campanha.
Com o mote “Não espere até sentir na pele”, a edição de 2022 coloca no centro dos debates os trabalhadores urbanos e rurais que estão diariamente expostos aos raios solares em virtude de sua profissão e em horários de lazer. A iniciativa já faz parte do calendário nacional da saúde e ocorre desde 2014, sempre colocando o tema na agenda pública com estímulo às ações e medidas que visam a trazer qualidade de vida e saúde para a população.
A prevenção ao câncer da pele pode ser feita diariamente e de forma simples: evite a exposição ao sol e proteja a pele dos efeitos da radiação UV. Entre as medidas indicadas pelos especialistas estão o uso de chapéus, camisetas, óculos escuros e protetores solares; evite a exposição solar e permaneça na sombra no intervalo entre 10h e 15h; use filtro solar com FPS 30 ou mais diariamente e não somente em horários de lazer; e consulte um médico dermatologista ao menos uma vez ao ano para um exame completo.
Atendimentos
A iniciativa desse ano também ganha fôlego com a retomada dos mutirões gratuitos à população para identificar casos novos da doença. Os atendimentos estão previstos para acontecer no sábado, 3 de dezembro, das 9h às 15h. Ao todo, serão aproximadamente 100 postos cadastrados e espalhados pelo Brasil nos quais os pacientes contarão com o atendimento de especialistas da SBD e receberão informações sobre prevenção ao câncer da pele. Pacientes que tiverem alguma lesão suspeita serão encaminhados para tratamento. O acolhimento será feito por ordem de chegada, dentro de um número limitado de consultas.
A lista de postos pode ser consultada no site da campanha.
Em 2019 foram atendidas mais de 25 mil pessoas, em cerca de 130 postos, por todo o Brasil. Desde a sua implementação, em 1999, a iniciativa já beneficiou mais de 600 mil pessoas.
Números oficiais analisados pela SBD mostram que mais de 17 mil casos de câncer de pele deixaram de ser diagnosticados no auge da pandemia de covid-19, entre 2020 e 2021. A situação afetou sobretudo a população com mais de 60 anos. No período, o total de internações em decorrência da doença também caiu 26%, segundo informações do Sistema Único de Saúde (SUS).
Durante o ano de 2020, momento mais crítico da pandemia de covid-19, foram realizados 17.227 diagnósticos a menos dessa doença do que em 2019. Isso significa que o número absoluto de casos registrados foi 24,7% menor do que no período anterior ao avanço do coronavírus.
Sobre o câncer de pele
O câncer de pele é provocado pelo crescimento anormal e descontrolado de células que compõem a pele. Elas se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo da doença.
A doença pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas. Entre os sinais que fazem soar os alertas estão: lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente; pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho; mancha ou ferida que não cicatriza e que continua a crescer, apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
O exame clínico feito por médico dermatologista e potencial biópsia é que podem confirmar o diagnóstico de câncer da pele, efetivamente. Por isso, em caso de aparecimento de qualquer sinal diferente, o paciente deve procurar um médico.
Em relação ao tratamento, há diversas opções terapêuticas para cuidar do câncer da pele não-melanoma. A modalidade escolhida muda conforme o tipo e a extensão da doença, mas, normalmente, a maior parte dos carcinomas basocelulares ou espinocelulares pode ser tratada com procedimentos de menor complexidade. Dentre os tratamentos mais usuais estão cirurgia excisional; curetagem e eletrodissecção; criocirurgia; cirurgia a laser; cirurgia micrográfica de Mohs; e terapia fotodinâmica (PDT); além de radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e medicações orais e tópicas.
Já para os casos de câncer de pele melanoma o tratamento pode variar de acordo com a extensão, agressividade e localização do tumor, bem como a idade e o estado geral de saúde do paciente. As variantes de modalidades cirúrgicas são as principais alternativas.
Em ambos os tipos de câncer é de extrema relevância que o diagnóstico seja precoce para evitar lesões mutilantes ou desfigurantes em áreas do corpo, em casos de baixa letalidade, ou piora da qualidade de vida e até morte, em casos mais graves.
Por: Imprensa TJMSP, com informações da SBD